Terroristas recrutam crianças em Moçambique: governo alerta para aumento de casos
O ministro da Defesa de Moçambique, Cristóvão Chume, revelou que grupos terroristas atuantes na província de Cabo Delgado têm recrutado crianças em aldeias com fraca presença policial. O aumento alarmante de crianças-soldados preocupa o governo e organizações internacionais, que denunciam a violência extrema praticada por esses grupos.
Recrutamento forçado e violência extrema
Segundo Chume, além de alistarem menores à força, os terroristas têm cometido atrocidades como decapitação de cidadãos indefesos. “O que está a acontecer em Cabo Delgado fere a sensibilidade das pessoas. Com o apoio dos nossos parceiros no terreno, vamos continuar a combater o terrorismo até que ele represente o mínimo risco para a integridade física da população”, declarou o ministro.
UNICEF pede intervenção internacional
A UNICEF manifestou preocupação com a situação e apelou à comunidade internacional para uma proteção mais eficaz das crianças. O recrutamento infantil em conflitos armados é uma grave violação dos direitos humanos e pode ter consequências devastadoras na saúde e bem-estar dos menores.
Moçambique na lista negra do recrutamento infantil
A crise em Cabo Delgado reflete uma realidade presente em outras partes do continente africano. Países como República Democrática do Congo, Mali, Somália e Sudão também registram recrutamento de crianças tanto por grupos terroristas quanto por forças armadas.
No final de 2024, o representante especial das Nações Unidas para os direitos das crianças fez um apelo global:
> “Os gritos das crianças ecoam nas zonas de conflito, mas o mundo permanece em silêncio. A sua dor é uma mancha na nossa consciência coletiva.”
Conflito em Cabo Delgado intensifica-se
Desde 2017, a província moçambicana enfrenta confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e os grupos terroristas. No entanto, nos últimos meses, os ataques intensificaram-se, com desaparecimento de figuras políticas e novas ofensivas. O governo acredita que os terroristas aproveitaram as eleições gerais para se reagruparem e reposicionarem em locais onde antes haviam sido desmantelados.
A luta contra o terrorismo continua, mas a proteção das crianças exige uma resposta imediata e coordenada. A comunidade internacional será capaz de ouvir os apelos e agir antes que mais vidas sejam perdidas? Clique para ver mais...
