Notícia: Moçambique Entra em Nova Fase de Protestos Contra Resultados Eleitorais
Moçambique prepara-se para mais protestos em clima de tensão
Esta sexta-feira (29/11) marca o fim da terceira fase da quarta etapa das manifestações nacionais lideradas por Venâncio Mondlane, candidato presidencial pelo PODEMOS. Os protestos contestam os resultados eleitorais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), que atribuiu vitória à FRELIMO com 70% dos votos.
As últimas 48 horas foram marcadas por violência policial, incluindo um incidente grave que gerou indignação nas redes sociais: um carro blindado militar atropelou uma manifestante em Maputo. As Forças Armadas descreveram o incidente como um acidente durante uma operação de desbloqueio de vias, mas o sociólogo João Feijó condenou o episódio como "uma atitude assassina".
Balanço dos Protestos
Segundo a ONG Plataforma Eleitoral Decide, os protestos já resultaram em 67 mortos e mais de 210 feridos desde 21 de outubro. Apesar disso, a mobilização persiste com milhares de manifestantes cantando o hino nacional e pedindo transparência eleitoral.
Mondlane Lança Novos Apelos
Na quinta-feira (28/11), Mondlane pediu aos seus seguidores que enviem 50 mil mensagens ao Presidente Filipe Nyusi, exigindo a demissão do comandante da polícia, Bernardino Rafael. Ele também criticou a ausência de transparência nos resultados eleitorais, alegando que 60% dos editais usados pela CNE eram falsos.
“Nos 40% dos editais verdadeiros, nós ganhámos a eleição com 53% dos votos”, declarou Mondlane, prometendo que as manifestações continuarão.
O Cenário Atual
Embora os confrontos violentos tenham diminuído nas últimas horas, a tensão permanece alta. Analistas políticos alertam que as manifestações são um reflexo do descontentamento generalizado com a governança e a falta de credibilidade eleitoral.
O futuro de Moçambique segue incerto, enquanto o país assiste a um dos momentos mais conturbados de sua história política recente.
Fonte;Dw
